Exercícios físicos que reduzem a ansiedade para fazer em casa

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A ansiedade é considerada o mal do século. O Brasil é o campeão mundial do transtorno de ansiedade: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 10% da população brasileira têm a doença, índice três vezes maior do que a média mundial. No mundo, o diagnóstico se aplica a 264 milhões de pessoas.

É preciso ressaltar que a ansiedade faz parte das emoções do ser humano. Afinal, ela serve para nos alertar sobre algum risco iminente. Assim, é considerada saudável quando representa o estado de vigilância para a sobrevivência e a necessidade de atingir essa meta por meio de ações, de acordo com o doutor Luiz Vicente Figueira de Mello, psiquiatra supervisor do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

A boa notícia é que exercícios físicos podem ajudar a controlar esse mal, principalmente focando a respiração, um dos mecanismos de controle durante uma crise de ansiedade. Os exercícios se mostram eficazes principalmente ao produzirem a endorfina pelo nosso organismo e estão presentes também na terapia cognitivo-comportamental.

Trouxe para vocês exercícios simples, que podem ser feitos em casa ao levantar e antes de dormir e que irão ajudar a controlar a ansiedade - e não vão levar mais de 5 minutos.

Ao levantar:
Pela manhã, precisamos regular os hormônios (como o cortisol, relacionado ao estresse) e também a energia. Então recomendo uma sequência de cinco repetições de cada um dos exercícios abaixo:
Polichinelo: que todo mundo conhece e é tranquilo de executar;

Corrida estática: correr no lugar com braços flexionados e alternância das pernas, elevando para próximo do quadril, voltando para o apoio do chão;

Agachamento com afastamento lateral: deslocando o corpo lateralmente, depois do início, com os braços e pernas unidos no agachar, posição de retroversão do quadril e voltando à posição ereta;

Abdominal bike:na posição de decúbito dorsal no início com pernas estendidas e braços do lado do corpo. Na execução, uma perna flexionada e outra estendida e a cabeça apoiada pelos dedos das mãos, com a rotação do tronco na conclusão do movimento;

Prancha: na posição de decúbito ventral com os apoios das mãos e os braços estendidos, e as pernas estendidas com o apoio dos dedos dos pés;

Antes de dormir:
À noite, para relaxar e ter um sono tranquilo, é preciso focar na respiração, com uma sequência de cinco repetições de cada um dos exercícios, respirando profunda e lentamente:
Ponte: na posição de decúbito dorsal, com os braços ao lado do corpo e o quadril apoiado no chão, joelhos flexionados. Eleve o quadril e desça lentamente até o chão;
Inclinação à frente: elevação do quadril para cima, braços e pernas estendidos, cabeça entre as pernas. Na execução do exercício pode ficar isométrico e na posição de prancha;
Gato: na posição de quatro apoios, executando anteroversão e depois a retroversão;
Roll Up: na posição de decúbito dorsal, com os braços ao lado do corpo e pernas estendidas no chão. Na execução, elevar o tronco com a contração do abdômen para preservar a coluna, e voltando à posição original também contraindo o abdômen;
Cobra: na posição de decúbito ventral, com subida do tronco, ir até o ponto máximo, sem forçar demais para não machucar, contraindo o abdômen.

Foco na respiração, foco na sua qualidade de vida, foco no seu autoconhecimento. Ao praticar os exercícios, busque entender o que está sentindo, por que está sentindo, qual a real importância desse sentimento na sua vida, como pode reagir da maneira mais benéfica para si, para sua saúde e para a saúde das pessoas que me cercam.

(Fonte: Minha Vida) 


Associação entre consumo de bebidas adoçadas com açúcar ou artificialmente e risco de mortalidade é avaliada em estudo publicado pela Circulation

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Saber se o consumo de bebidas adoçadas com açúcar (SSBs) ou bebidas adoçadas artificialmente (ASBs) está associado ao maior risco de mortalidade é algo de interesse para a saúde pública. Por isso um estudo publicado pelo periódico Circulation examinou as associações entre o consumo de SSBs e ASBs com o risco de mortalidade total e por causa específica entre 37.716 homens do estudo Health Professional’s Follow-up (1986 a 2014) e 80.647 mulheres do estudo Nurses’ Health Study (1980 a 2014), que estavam livres de doenças crônicas no início do estudo. A regressão de riscos proporcionais de Cox foi usada para estimar as taxas de risco e os intervalos de confiança de 95%.

Foram documentadas 36.436 mortes (7.896 doenças cardiovasculares [DCV] e 12.380 mortes por câncer) durante 3.415.564 pessoas-anos de acompanhamento.

Após o ajuste para os principais fatores de dieta e estilo de vida, o consumo de SSBs foi associado a um maior risco de mortalidade total; taxas de risco (intervalos de confiança de 95%) agrupadas entre as categorias divididas de acordo com quantidade de porções padronizadas consumidas (<1/mês, 1-4/mês, 2-6/semana, 1-<2/dia e ≥2/dia) foram 1,00 (referência), 1,01, 1,06, 1,14 e 1,21 (tendência de P<0,0001), respectivamente. A associação foi observada para mortalidade por DCV (razão de risco comparando categorias extremas foi de 1,31 [intervalo de confiança de 95%, 1,15-1,50], tendência de P<0,0001) e mortalidade por câncer (1,16 [1,04-1,29], tendência de P=0,0004).

ASBs foram associadas com mortalidade total e mortalidade por DCV apenas na categoria de maior ingestão; as taxas de risco agrupadas (intervalo de confiança de 95%) nas categorias foram 1,00 (referência), 0,96, 0,97, 0,98 e 1,04 (tendência de P=0,01) para mortalidade total e 1,00 (referência), 0,93, 0,95, 1,02 e 1,13 (tendência de P=0,02) para mortalidade por DCV.

Isso significa que, nessas duas grandes coortes norte-americanas, a ingestão de SSBs foi positivamente associada à mortalidade total, mostrando uma associação graduada de acordo com a dose, amplamente causada pela mortalidade por doença cardiovascular, e uma associação modesta foi observada para a mortalidade por câncer.

Em uma análise específica de coorte, os ASBs foram associados à mortalidade no NHS (Nurses 'Health Study), mas não no HPFS (Health Professionals Follow Up Study) (interação P= 0,01). Os ASBs não foram associados à mortalidade por câncer em nenhuma das coortes.

O consumo de SSBs foi positivamente associado com a mortalidade principalmente através da mortalidade por DCV e mostrou uma associação graduada de acordo com a dose. Já a associação positiva entre altos níveis de ingestão de ASBs e mortalidade total e por DCV observada entre mulheres requer confirmação adicional.

Esses resultados fornecem suporte adicional para recomendações e políticas para limitar a ingestão de SSBs e consumir ASBs com moderação para melhorar a saúde geral e a longevidade. Os ASBs poderiam ser usados para substituir os SSBs entre os consumidores habituais de SSBs, mas o maior consumo de ASBs deveria ser desencorajado. É importante que políticas e recomendações clínicas continuem a exigir reduções e limites na ingestão de SSBs, mas devem também abordar opções alternativas de bebidas, com ênfase no consumo de água.

(News.med)


Redes sociais influenciam alimentação calórica de crianças

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O que seu filho acessa nas redes sociais pode dizer muito sobre o que ele come ou deixa de comer. Isso é o que revela um estudo da Universidade de Liverpool (Reino Unido), que avaliou o impacto de "influenciadores" do Instagram sobre o consumo alimentar de crianças. Publicada no periódico Pediatrics, a pesquisa aponta que crianças que assistiram vloggers do Instagram falando sobre alimentos não saudáveis acabaram aumentando sua própria ingestão de calorias.

Após a análise do comportamento de 176 crianças entre 9 e 11 anos, cientistas confirmaram que os pequenos que assistiam a vídeos dos chamados "influenciadores" comiam até 32% a mais de calorias vindas de lanches não-saudáveis e 26% a mais de calorias no total, proveniente de toda alimentação em si (saudável e não saudável).

Passo 1: Os pesquisadores criaram perfis falsos no Instagram a partir da imagem de dois blogueiros bastante populares no YouTube (os chamados "vloggers").

Passo 2: Então, as crianças foram divididas em 3 grupos.

Passo 3: O primeiro grupo (58 crianças) viu imagens dos influenciadores falsos que falavam sobre lanches não saudáveis. Já o segundo (59 crianças) se deparou com os influenciadores que traziam opções saudáveis em seus vídeos. Por sua vez, o terceiro grupo (59 crianças) assistiu aos vloggers que tratavam de produtos não alimentícios.

Passo 4: Após isso, as crianças podiam escolher entre lanches não saudáveis (geleia doce e chocolate) e lanches saudáveis (cenouras e uvas sem sementes).

Passo 5: A partir do experimento, foi medida a ingestão de lanches não saudáveis, saudáveis e o consumo geral (combinado de lanches saudáveis e não saudáveis) de cada grupo.

Crianças que viram os perfis de influenciadores falando sobre lanches não saudáveis ingeriram mais calorias no total e também consumiram mais alimentos não saudáveis, quando comparadas com o grupo que viram os mesmos influenciadores sem produtos alimentares. Por outro lado, o grupo que assistiu aos influenciadores falarem sobre alimentos saudáveis não tiveram uma mudança significativa em suas escolhas alimentares.

Diante disso, os cientistas concluíram que o acesso de crianças a influenciadores no Instagram afeta o que elas comem no dia a dia. Enquanto o marketing sobre alimentos saudáveis não teve efeito, a promoção de lanches não-saudáveis influenciou negativamente o consumo imediato das crianças, fazendo com que optem por escolhas mais calóricas.

(Fonte: Minha Vida)