Pitaya, a fruta do dragão. É com esse nome sugestivo que essa espécie tropical ganhou notoriedade. Entretanto, muito além de suas características exóticas, a pitaya é uma fruta que merece destaque na mesa e no paladar.
Apesar da alcunha de “fruta de dragão” fazer referência à Ásia, a fruta é originária da América Central. Contudo, hoje em dia, já é possível encontrá-la por toda América Tropical. No Brasil, porém, seu consumo ainda não é difundido e ela continua sendo conhecida como uma fruta exótica.
De acordo a Enciclopédia Britânica, seu nome originou-se da palavra pitahaya, o que reporta a uma civilização pré-colombiana que habitava algumas ilhas da América Central, os Tainos, e tem por significado: fruta escamosa.
Por fora, de fato, a aparência da fruta lembra uma escama. O interior, contudo, que pode ser branco ou vermelho com pintinhas pretas, tem aspecto cremoso. Nesse sentido, esse visual surpreendente faz com que ela seja também utilizada como planta ornamental.
No Brasil, a produção da fruta ainda é incipiente. Tem destaque a pitaya vermelha cultivada no interior de São Paulo. Exatamente por estar disponível em poucas regiões, o mercado da pitaya tende a crescer se a fruta cair no gosto popular do brasileiro. Ficou interessado? Então venha conosco que a gente te conta mais sobre a Pitaya.
A pitaya no Brasil
O cultivo da pitaya no país é bem recente. Os primeiros registros da produção comercial datam do início da década de 2000 na cidade de Itajobi interior do estado de São Paulo. Hoje, além de São Paulo, já é possível encontrar cultivos comerciais em:
- Ceará;
- Mato Grosso do Sul;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Pernambuco;
- Rio Grande do Norte;
- Santa Catarina.
De acordo com dados do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), a comercialização da fruta começou em 2005 no CEASA Rio de Janeiro (Unidade Grande Rio).
Conheça os três tipos de pitaya
São chamados de pitaya todos os frutos de plantas das espécies de cactos epífitos dos gêneros Hylocereus e Selenicereus. Esses frutos podem ser encontrados em três variedades comestíveis
Pitaya Branca
Seu nome científico é Hylocereus undatus. É branca por dentro com a casca rosada.
Pitaya Amarela
Com o nome científico de Hylocereus megalanthus, a variedade amarela apresenta casca amarelada e interior branco. É muito comum na Colômbia.
Pitaya Vermelha
Com o nome científico de Hylocereus polyrhizus, a pitaya vermelha possui a casca rosa e a polpa avermelhada.
Em comum, todas as variedades apresentam um exterior escamoso e sabor doce e suave. Também há quem diga que o gosto lembra o do kiwi e o do melão. Sua polpa representa quase 90% do fruto, apresentando um alto rendimento. Além disso, podem ser consumidas in natura ou em produtos industrializados, como sorvetes, sucos e geleias, por exemplo.
Características nutricionais da fruta
Por ser uma fruta exótica que só recentemente tem ganhado popularidade, as informações nutricionais das pitayas não são fáceis de encontrar. Entretanto, alguns estudos já traçaram um perfil nutricional da fruta.
Dessa maneira, a maioria das pesquisas se concentra nas pitayas branca e vermelha. Nesse sentido, de acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ambas variedades apresentam boas quantidades de fibras e baixo teor de lipídeos e proteínas.
As duas também apresentam boas quantidades de vitamina C, com uma leve vantagem para a variedade vermelha. Além disso, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, apontaram que a pitaya vermelha apresentou o maior potencial antioxidante, que pode atrasar ou inibir o envelhecimento das células.
Levando em consideração essas pesquisas sobre a fruta, é possível afirmar que a pitaya possui uma boa composição nutricional, com relevância no aporte de vitaminas e minerais. Portanto, qualquer que seja a variedade escolhida, a fruta do dragão é uma ótima opção para quem busca uma alimentação saudável.
Pitaya ajuda a emagrecer?
Assim como todas as frutas, a pitaya possui baixo valor calórico. Ainda que possamos levar em consideração seu alto teor de fibras, associar um emagrecimento ao consumo de uma fruta específica seria equivocado. De acordo com a nutricionista, não existe alimento mágico.
Como armazenar e consumir
Se você está doido para consumir essa fruta tão diferente, fique atento, pois alguns cuidados são necessários. Nesse sentido, a casca da fruta merece uma atenção especial. Ela deve ser firme e não apresentar nenhum machucado. Assim, se a coloração estiver esverdeada, sem brilho, ela ainda não está madura. Por outro lado, se a casca estiver amarelada e a polpa soltando líquidos, pode significar que a fruta passou do ponto.
Na hora de armazenar, prefira guardar a fruta inteira, sem partir. Sendo assim, mantenha-a em local seco e fresco e verifique o amadurecimento antes do consumo. Na geladeira, a fruta pode durar até três dias. E, se seu objetivo for guardar por um tempo maior, prefira congelar a polpa. Dessa forma, a fruta pode ser utilizada até três meses depois de processada.
(Fonte: Saber Horti Fruti)