Jejum em dias alternados melhora os marcadores fisiológicos e moleculares do envelhecimento em humanos saudáveis e não obesos

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Sabe-se que a restrição calórica e o jejum intermitente prolongam a vida e a saúde em organismos-modelo, enquanto seus efeitos sobre os seres humanos são bem menos estudados.

O jejum em dias alternados (JDA) difere destes modelos, consistindo em alternar períodos de 36 horas de jejum com períodos de 12 horas de alimentação sem nenhuma restrição. Apesar de ter ganho popularidade recentemente, não havia ainda ensaios clínicos randomizados sobre este modelo de alimentação.

Em um estudo controlado randomizado, publicado pelo periódico Cell Metabolism, pesquisadores recrutaram 30 participantes que já praticavam o jejum em dias alternados durante pelo menos 6 meses e os comparou com 60 controles rígidos. Após essa comparação, metade dos controles foram aleatoriamente selecionados para fazer 4 semanas de JDA, enquanto a outra metade não praticava nenhuma dieta. Os grupos eram semelhantes quanto à distribuição de gênero, idade, IMC e relação cintura-quadril no início do estudo.

Os resultados mostraram que 4 semanas de jejum estrito em dias alternados melhorou os marcadores de saúde geral em indivíduos saudáveis ​​e de meia-idade, causando uma redução de 37,4% (IC 95%, -48,3% a -24,4%) de calorias em média, comparado a 8,2% (IC 95%, -32,2% a 3,6%) no grupo controle. Nenhum efeito adverso ocorreu mesmo após >6 meses.

O JDA melhorou os marcadores cardiovasculares, reduziu a massa gorda (particularmente a gordura do tronco), melhorou a proporção de gordura/massa magra e aumentou o β-hidroxibutirato, mesmo em dias sem jejum.

Nos dias de jejum, o aminoácido pró-envelhecimento metionina, entre outros, era esgotado periodicamente, enquanto os ácidos graxos poli-insaturados eram elevados. Foram encontrados níveis reduzidos de sICAM-1 (um marcador inflamatório associado à idade), lipoproteína de baixa densidade e o regulador metabólico tri-iodotironina após JDA a longo prazo.

Os achados metabólicos indicam que o jejum em dias alternados pode ser mais seguro do que a restrição calórica, cuja prática é mais difundida.

De modo geral, o estudo chegou às seguintes conclusões:

Para adultos saudáveis ​​e não obesos, o JDA é seguro para ser praticado por vários meses
O JDA de 4 semanas reduz o peso corporal em 4,5% e melhora a proporção de gordura/massa magra
Os parâmetros cardiovasculares e o risco de doença cardiovascular são melhorados com o JDA
O JDA reduz o T3 e esgota os aminoácidos periodicamente, enquanto aumenta os ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs)
Esses resultados lançam luz sobre o impacto fisiológico do jejum em dias alternados e apoiam sua segurança, o que pode eventualmente se tornar uma intervenção clinicamente relevante.

(Fonte: News Med) 

 


Ballet fitness emagrece e melhora autoestima; conheça benefícios

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Você certamente conhece o balé ou ballet, correto? Mas uma nova modalidade vem ganhando espaço em academias, não somente entre os amantes da dança, mas também entre aqueles que desejam trabalhar os músculos do corpo: o ballet fitness.

O que é ballet fitness?
O ballet fitness é uma atividade que envolve as técnicas do ballet tradicional em conjunto com exercícios físicos funcionais. As aulas são realizadas com os passos da dança clássica somados aos movimentos funcionais básicos, como agachamentos, saltos, abdominais e isometrias.

Benefícios do ballet fitness
A técnica é capaz de proporcionar muitos benefícios ao corpo por trabalhar diversos grupos musculares. São eles:

Melhora da postura
Melhora do tônus muscular
Aumento do condicionamento físico
Ajuda na coordenação motora
Melhora dos reflexos
Aumento do equilíbrio
Ajuda na redução de peso
Aumento da consciência corporal
Melhora do humor
Aumento da autoestima

Além disso, por serem realizadas em grupo, as aulas são capazes de melhorar e aumentar a convivência social dos participantes - sendo um ótimo lugar para conhecer pessoas e fazer novos amigos.

Diferença entre ballet clássico e ballet fitness

De acordo com a educadora física Paula Canto, no ballet tradicional, o maior objetivo é reproduzir os passos com graciosidade, leveza e com foco na apresentação da dança.

Já no ballet fitness, os movimentos também são executados com suavidade, porém, o objetivo principal é desenvolver as capacidades físicas: força, resistência, equilíbrio, flexibilidade, ritmo, coordenação motora e agilidade. Além da definição muscular, que ajuda no alinhamento postural.

Ballet fitness emagrece?
Sim. As aulas têm, em média, a duração de uma hora e com alterações na intensidade de movimentos funcionais. Sendo assim, Paula Canto explica que um trabalho cardiovascular é realizado através dos passos sequenciais sem pausas das coreografias, que auxiliam na redução de peso.

Além disso, em cada aula, é possível queimar aproximadamente 400 calorias, variando para mais ou para menos de acordo com a intensidade e a limitação de cada aluno.

Movimentos do ballet fitness
Durante a aula, os alunos executam exercícios funcionais básicos em conjunto com movimentos do ballet tradicional, como o Plié, Tendu, Jeté e Grant Battement. Conheça-os abaixo:

1. Plié
Um dos movimentos mais conhecidos e importantes do ballet. Ele é realizado através de uma flexão de joelhos, que é capaz de tornar os músculos mais flexíveis e maleáveis e os tendões, mais elásticos.

2.Tendu
O tendu é um movimento em que uma das pernas fica esticada ao lado, à frente ou atrás do corpo. A aluna afasta a perna na direção que pretende executar o movimento e vai arrastando o pé. É preciso levantar primeiro o calcanhar e depois a planta do pé, mantendo apenas a ponta do pé apoiada no chão

3. Jeté
O jeté é bem parecido com o tendu, porém ele é feito com mais energia e com os pés fora do chão, executando um salto. Ele pode variar entre saltos grandes ou pequenos.

4. Grand Battement
O grand battement é um movimento realizado com a perna e o pé sob a forma de batida. Para realizá-lo, é preciso que o tronco e as pernas estejam esticados. O praticante afasta a perna que realizará o movimento da perna que servirá como base, e realiza um movimento para frente e para o alto. Ele pode ser realizado em qualquer direção.

Substitui a musculação?
Por se tratar de uma modalidade que abrange todos os grupos musculares, trabalhando o fortalecimento e melhorando a funcionalidade do corpo de maneira geral, os alunos que não gostam da musculação podem substituir sua prática pelo ballet fitness.

Como começar e contraindicações
A educadora física Paula afirma que qualquer pessoa a partir de 14 anos pode começar a praticar a modalidade. Gestantes e portadores de lesões articulares devem apresentar liberação médica ou de fisioterapeuta.

Para começar, recomenda-se o uso de roupas leves e que permitem a realização dos movimentos, meias antiderrapantes e tênis de dança ou sapatilhas. Não é necessário ter experiência com ballet ou qualquer outro tipo de dança.

(Fonte:Minha Vida)


Quanto mais fast-food em uma região, maior é o número de infartos

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Mais ataques cardíacos são reportados em bairros repletos desse tipo de restaurante, segundo estudo australiano

Não é que, só de passar em frente a um restaurante fast-food, você já faz mal à própria saúde, como brincam algumas pessoas. Mas uma pesquisa da Universidade de Newcastle, na Austrália, indicou que viver rodeado desses estabelecimentos de fato pode ser uma tentação muito grande — com repercussões dramáticas para o coração.

Essa conclusão veio após a análise dos registros de 3 070 pessoas que sofreram um infarto e foram atendidas pelos hospitais de uma região do estado de Nova Gales do Sul, também na Austrália. Todos os atendimentos aconteceram entre 1996 e 2013.

Os prontuários avaliados incluíam uma espécie de CEP dos pacientes. Isso permitia saber em que bairro cada um vivia e, a partir daí, cruzar tal informação com a quantidade de lanchonetes fast-food da mesma área.

Além disso, os pesquisadores ajustaram outros fatores de risco, como idade, obesidade, colesterol, pressão alta, tabagismo e diabetes. O cuidado serve para que esses pontos não acabem influenciando no resultado final do estudo.

A investigação revelou que, para cada restaurante do tipo em uma determinada região, quatro ataques cardíacos adicionais por 100 mil habitantes aconteciam por ano. Tarunpreet Saluja, aluno da Universidade de Newcastle que liderou o trabalho, destacou que os achados foram consistentes tanto em regiões urbanas quanto rurais.

“A pesquisa ressalta a importância do ambiente alimentar para a saúde”, afirmou Saluja, em comunicado à imprensa. “A onipresença do fast-food é um ponto a se considerar para o desenvolvimento das cidades”, advertiu. Realmente, fica mais complicado resistir a certas refeições quando elas são propagandeadas em quase toda esquina.

Segundo a versão australiana da revista Business Chief, em 2017 existiam 4 641 franquias das dez principais redes de fast-food na Austrália. No Brasil, os números são ainda maiores: em 2015, tínhamos mais de 5 mil no país inteiro, de acordo com levantamento da empresa Geofusion.

Saluja acredita que seu estudo acende um alerta para a promoção da saúde pública. Apesar de a decisão de comer fast-food ser individual, a exposição a esses restaurantes poderia ser alvo dos governantes e legisladores.

(Fonte: Saúde)