Alimentação saudável ajuda após infecção viral
O assunto é sério e está estampado em todos os sites, jornais, nas rodas de conversas dos amigos. A pandemia do Coronavírus (covid-19) já causou morte em vários países do mundo, mudou o comportamento social de muitas pessoas e acendeu um alerta sobre os cuidados redobrados com a saúde.
Diante deste cenário, a alimentação pode ser um aliado contra a doença? O professor de nutrição da Unifacisa, Diego Elias Pereira, alertou que, de acordo com os estudos científicos atuais até o momento não temos tratamento ou vacina para o COVID-19.
Segundo ele, o que se sabe até o momento é que provavelmente as respostas de cada pessoa ao vírus seja dependente do sistema imunológico, e uma baixa nessa sistema, contribuindo para uma progressão mais rápida da infecção viral. Neste cenário, existe algumas formas de melhorar o sistema imune e, a alimentação saudável seria uma dessas formas juntamente com a prática regular de atividade física, hidratação, sono adequado, entre outros.
“Apesar do que dizem algumas fake news, não existe alimento ou nutriente milagroso que evite ou trate a Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus. A ideia é que todos sigam as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza a lavagem das mãos, evitar aglomerações e muito contato pessoal, proteger sempre a boca e nariz ao espirrar/tossir, evite tocar nos olhos, nariz e boca e não compartilhar objetos pessoais. Diante das notícias falsas é importante estar atento aos profissionais e aos diversos tipos de mídias que vendem a ideia de uma terapia nutricional milagrosa para combater o Covid-19, a exemplo, dos diversos tipos de suplementos, sucos detox, shot de imunidade e até mesmo terapias endovenosas. Essas informações são totalmente errôneas e nós profissionais da nutrição não concordamos com isso”, destacou.
“No entanto, é importante entender que existem alguns alimentos que podem auxiliar na melhora do nosso sistema imunológico, sendo esses alimentos chamados de imunomoduladores. Em termo de alimentação para este fim, nós nutricionistas preconizamos o consumo de todos os grupos de alimentos, quanto mais colorido for o prato, maior a chance de contemplarmos todas as vitaminas, minerais e outros componentes importantes para modulação deste sistema e assim ficarmos mais protegidos das infecções virais. Outro ponto importante, é que este não é o momento de fazermos dietas restritivas, como “low carb”, cetogênica e dieta de restrição calórica, este é o momento de estarmos bem alimentados”, destacou.
Falando em alimentação adequada, importa ressaltar que se deve reduzir o consumo dos industrializados e dar preferência aos alimentos naturais, que contenham componentes bioativos antioxidantes e anti-inflamatórios como é o caso das frutas, verduras e legumes em geral. Outros exemplos, são os peixes e ovos que são fontes de vitamina D, o azeite de oliva extra virgem e as castanhas fontes de vitamina E, a cenoura, o brócolis, a batata doce e o couve que são fontes de vitamina A, e as frutas cítricas e vermelhas que são fontes de vitamina C. Importa ressaltar também o consumo de outros nutrientes importantes como o zinco, o ômega 3, os prébioticos, entre outros.
Segundo o especialista, uma dieta desequilibrada, o sedentarismo, o sono desregulado e a desidratação podem deprimir o sistema imunológico abrindo brechas para as infecções virais. Então em tempos de Coronavírus a orientação geral é: Seguir as medidas de proteção da OMS, fazer escolhas alimentares saudáveis, ingerir pelo menos dois litros de água por dia, realizar atividade física e priorizar as 8 horas de sono diárias.
(Fonte: Mais PB)