Quando a gente quer reforçar a imunidade do corpo, o melhor remédio é comer da forma mais equilibrada possível: servir o prato com maior quantidade de cores, evitar açúcar e processados, e preferir alimentos integrais. E, com a ameaça do coronavírus pairando sobre nós, tão fundamental quanto o prato saudável é a higiene adequada - das mãos e dos alimentos consumidos crus.
Um dos principais itens dessa lista é o própolis, que pode ser consumido na forma líquida ou em cápsulas. Derivado de uma substância que reveste a colméia das abelhas, promovendo um efeito antisséptico e protetor, o própolis inibe a proliferação de microorganismos indesejados - na colméia e no corpo humano.
Estudos apontam que, além de combater o excedente de radicais livres, já associado ao envelhecimento precoce e a danos celulares, o própolis se mostra bastante eficaz frente aos micróbios. “É um excelente agente imunomodulador, uma vez que suas substâncias promovem maior ativação das células de defesa, ativando macrófagos e estimulando anticorpos”, explica Louise Tiúba.
Traduzindo: os compostos dos própolis interferem na membrana celular das bactérias e, assim, desestabiliza esses seres microscópicos de tal maneira que eles acabam mais facilmente exterminados.
Pode ser consumido, diariamente, em gotas ou em cápsulas, em épocas de prevenção. “Recomendo o própolis verde, que se diferencia das demais pela presença dos compostos fenólicos únicos, como a artepelina C e bacarina, sendo uma opção ainda mais interessante para dar um up na saúde”, reforça Tiúba.
A nutricionista Luciana Labibel também chama a atenção para a combinação de um cardápio plural, mas ressalta o reforço no consumo de algumas vitaminas e minerais. Absorvida pelo corpo de forma natural através da exposição ao sol, sem protetor solar, por 20 minutos diários, a vitamina D também é super importante para o sistema imunológico. Se não puder tomar sol nesse ritmo, preciso, suplemente. As dosagens podem variar de acordo com a sua necessidade individual, mas a recomendação para prevenção geralmente começa em 2mil UI/ dia.
Outra que atua no sistema imunológico é a vitamina E, cuja função principal no organismo é sua forte ação antioxidante, combatendo os radicais livres que podem prejudicar as células. É fartamente encontrada em oleaginosas (amêndoas, avelã, castanhas), gema de ovo e fígado.
Também apontadas recomendada por Labidel, a vitamina A é considerada uma das mais importantes. Não custa dizer que a vitamina A, também chamada de retinol, melhora a visão, auxília o crescimento, contribui na formação dos dentes, além de ser necessária para a renovação celular.
Presente em diversas funções celulares diretamente envolvidas com o sistema imunológico, o zinco é um mineral importante, sendo essencial para que inúmeras reações químicas ocorram no organismo. Já o ferro transporta o oxigênio através do sangue para todo o corpo e é componente de várias proteínas e protege contra infecções.
Frutas cítricas e vegetais verdes escuros
Alimentos deste tipo possuem vitamina C (ácido ascórbico), que trabalha estimulando o sistema imune agindo na reconstrução dos leucócitos e protegendo-o contra danos gerados pelos radicais livres liberados quando o corpo está combatendo infecções. É uma substância antioxidante e anti-inflamatória. E mais: os vegetais verdes escuros também possuem ferro e ácido fólico, que são importantes também no sistema imunológico.
Proteínas animais, sementes, grãos integrais, leguminosas
Proteínas animais (frango, carne bovina, peixes e frutos do mar), sementes (abóbora, girassol e chia), grãos integrais (aveia) e leguminosas secas (lentilha, ervilha, feijão e grão de bico) são alimentos contém zinco, mineral fundamental para a síntese de células imunológicas, agindo na defesa contra vírus, bactérias e fungos. As células do sistema imune contém enzimas que são dependentes do zinco para um funcionamento adequado, ou seja, sua deficiência provoca uma diminuição na produção de células de defesa do organismo. Além de ser um potente antioxidante e anti-inflamatório que dá suporte extra aos efeitos exercidos sobre o sistema imune.
Oleaginosas
Além de possuírem zinco em sua composição, nozes, castanhas e amêndoas são ricas em vitamina E e selênio, nutrientes importantes para o sistema imunológico e também potentes antioxidantes, combatendo os radicais livres e protegendo contra o estresse oxidativo do corpo.
Alho, cebola, gengibre e tomate
Muito utilizados na culinária brasileira, estes alimentos não são simples temperos. Todos têm função medicinal e são fortes aliados para fortalecer o sistema imunológico, pois possuem substâncias anti-inflamatórias, antivirais, antiparasitárias, antibacterianas, antifúngicas e antioxidantes. Além disso, o alho, a cebola e o gengibre atuam também no trabalho de redução da pressão arterial e do colesterol. Você sabia que o tomate é rico em vitaminas A e C, sódio, potássio, cálcio, fósforo e ferro?
Vitaminas de A a Z
Vale investir num polivitamínico, mas se preferir investir nesta aqui já está de bom tamanho. Zinco: atua em diversas funções celulares diretamente envolvidas com o sistema imunológico; encontrado em carnes, laticínios, cereais e frutos do mar. Ferro: transporta o oxigênio através do sangue para todo o corpo, é componente de várias proteínas e protege contra infecções; encontrado em maior proporção em carnes e vísceras, e em menor proporção em leguminosas como feijão e beterraba. Vitamina E: atua na prevenção do estresse oxidativo do corpo, o que fortalece o sistema imunológico. Encontrada em: oleaginosas(amêndoas, avelã, castanhas), gema de ovo e fígado. Vitamina A: atua na defesa antioxidante; encontrada em leite e derivados, fígado, peixes e vegetais de cor alaranjada.
(Fonte: Correio*)